terça-feira, 27 de novembro de 2007

As fragilidades da agricultura Portuguesa

O titulo é elucidativo do resto do meu comentário.

A agricultura em Portugal está pior que nunca. Os agricultores pertencem à classe idosa (mais de 65 anos), isto faz com que sejam pouco empreendedores e sem visão de futuro, sem estudos e sem condições económicas favoráveis a um desenvolvimento estável.

Os agricultores na maior parte, não utilizam boas alfaias agrícolas, o uso de tractores é quase inexistente, mas isto é também derivado de a maior parte possuir minifúndios e como a produção é essencialmente para consumo próprio não geram dinheiro suficiente para as comprar.

As ajudas da UE chegaram tarde, durante pouco tempo, e mesmo assim foram pouco aproveitados pelos nossos agricultores.

Apenas quem possui latifúndios, em norma, possui boas máquinas, pois a produção é em volta de um ou dois produtos e assim podem comprar máquinas para fazer a colheita enquanto nos minifúndios existe uma policultura e os custos de compra e sustentação das mesmas era insuportável.

O facto de os melhores terrenos não serem utilizados para a agricultura também é um grave problema.

Como já foi referido a UE chegou tarde ao nosso sistema económico e assim os países que já pertenciam à mesma comunidade mas anos antes passaram-nos muito à frente.

Foi dado dinheiro para as cooperativas proporcionarem cursos agrónomos aos agricultores sem formação, estes cursos foram pouco ou nada aproveitados. Também foi dado dinheiro para aumentar as produções, com financiamentos a estufas, maquinaria, desenvolvimento de sistemas de regadio e escolha de sementes, mas só as ajudas à agricultura biológica foram aproveitados, pois só essa hoje em dia é rentável, os outros não tiveram dinheiro para os manter e estão hoje abandonados.

Passado uns anos a UE entrou numa politica de redução de produção financiando os produtores pela falta de escoamento dos produtos, mas como anteriormente ainda não tínhamos atingido os níveis de produção de outros países da comunidade esses passaram a receber muito mais.

Isto tudo explica as fragilidades da agricultura portuguesa.

Sem comentários: